Momento de Fé Por Pastor Airton Hermann Loeve

10/13/2025 às 11:41:23 AM

SALMOS

Sl 77 – Ainda que não substitua o texto em si, vamos à introdução, com vistas à interpretação e explicação contextualizada e atualizada, cristologicamente, dos Salmos, que têm em vista o conhecimento e a glória de Deus, em aroma suave, mediante Jesus Cristo. E nEle, na unidade do Espírito Santo, de fé em fé, edificação luteradora das consciências pávidas, exortação de soberbos e empedernidos, e consolo necessário, profícuo, ubérrimo dos corações atribulados.

O Salmo 77 é um Salmo didático, porque é exemplar no que tange ao como se deve consolar, via Palavra e fé, quando o coração está angustiado e a consciência está atribulada diante da constatação ou pensamento atribulador de que Deus esteja ou estivesse ou possa ter sido provocado à ira, não obstante a seriedade no temor, amor, confiança nEle acima de tudo, de todas as coisas, de todas as pessoas, sejam elas verazes ou não. Nesta realidade objetiva incomum a alma recusa em consolar-se - 2c, mesmo ouvindo acerca do ponto cardinal do Evangelho: o perdão dos pecados por graça divina mediante a fé em Jesus Cristo. E o salmista salmodia asseverando que a realidade é tal – versículo 4 – que ele estava tão triste que não conseguia dormir; antes, que se verifica tão perturbado que não pode nem falar, ainda que de coração piedoso. E ele afirma quais são, mais especificamente, os pensamentos pesados presentes em si, nos versos 8, 9 e 10, deixando-os evidentes e compreensíveis. O caminho rumo ao consolo contra a fé ruim que crê na rejeição divina, não obstante a promessa alusiva a Cristo, é que tais pensamentos sejam tornados evidentes corporeamente, de alguma forma, em Comunidade, porque é infrutuoso se autoencurvar sobre eles, ou pior ainda: crer que a pessoa pode se autoajudar altercando ou mercadejando com Deus, cujas promessas e ameaças não caducam com o passar dos anos. Sobretudo, nesta realidade incomum, é precioso, em consonância com o exercício do ministério da pregação da fé, se agarrar à certeza da veracidade e presença divina na história mundial, que são suscitados pelo Espírito Santo, via Palavra, que provoca a fé que crê que Deus, não obstante, o pecado e os pecados, é maravilhoso em Seu coração, para com o Seu povo, como se constata nas histórias antigas dos reformadores da fé e da moral, cristológos, censores fiéis e verdadeiros. Ele, sem participação humana, faz com que a história da salvação vá se cumprindo em benefício presente de ouvintes crentes. Sim, no historiar no qual Ele é agente, mono, se constata e descobre, contemplativo, que, desde sempre, o Seu SER e a Sua presença ativo-contínua, não obstante Sua aparente abscondidade, foi que Deus vem em socorro e ajuda das pessoas tornadas miseráveis, aflitas, atordoadas por causa da Palavra e da fé em Cristo, em seus frutos, nas quais perseveram, por um lado, sem buscar ou instituir novo Deus e novo culto. E por outra, ao mesmo tempo, Ele derruba e destrona os obstinados desprezadores orgulhosos dEle, e dos que altivamente, inconversos, se portavam seguros de si, como se consta na libertação dos filhos de Israel do Egito, para exemplificar que Ele não abandona e nem quebras as Suas promessas, apesar das consequências dos pecados do passado. É por isso que Seus caminhos são chamados de ocultos ou abscônditos, mas Ele está lá e ajuda, presentemente, quando se pensa que tudo está perdido e acabado de vez. Isto o povo da Palavra e da fé deveria e deve aprender o quanto antes melhor: Deus é Deus. E assim esse Salmo quer mostrar-nos que Deus é e está aí, ainda que abscôndito. Urge, junto ao povo da Palavra e da fé, descobrir e crer nas Suas ‘pegadas’ e no Seu ‘rumorejar’ no conjunto da Criação. Sobretudo, é preciso crer e confiar em Suas evidentes promessas. Assim o salmista quer ensinar-nos e fazer-nos seguros de que Deus, em cumprimento de Sua Palavra, de fato, ajuda para além do que a razão e a inteligência conseguem inteligir. Ou seja, que não nos desesperemos e nem nos afastemos de Deus quando as coisas vão mal, muito mal na nossa vida; antes que tanto mais, crendo em Suas promessas, esperemos a Sua ajuda certa e presença viva, e não acreditemos nos nossos pensamentos titubeantes, ‘batizados’ pela nossa condição de pecado: que quer ver Deus e Suas bênçãos, caso contrário, duvida dEle e é-Lhe ingrato. Deus nos conceda e aumente a fé.

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